Crítica | Luz e Sombra
Em primeira análise a textura do papel é perceptível o que não prejudica em absolutamente nada no resultado final e na qualidade indiscutível da imagem. As figuras em tiras que surgem na superfície da folha "alçam voo" e logo após retornam para a sua posição de origem. A perspectiva lateralizada da imagem central foi a que mais me agradou, tendo em vista que ocasionou em um efeito de onda ou agitação do mar. Um movimento que surge espontâneamente em águas calmas e em um futuro breve se dissipará. Há também uma impressão de movimento nas figuras, onde ambas aparentam apresentar a possibilidade de se deslocar para a frente a qualquer momento. Alguns pequenos amassados são perceptíveis mas podem ser relevados devido a gramatura da folha utilizada. O cuidado com o recorte das tiras de maneira simétrica é perceptível exemplificando a dedicação empregada ao notável trabalho.
As texturas na primeira composição me agradam bastante pois me remetem á textura da espuma do mar. O fundo preto trouxe contraste e harmonizou com o sombreado do centro da dobradura. Já a segunda imagem, que constitui um tipo de marcação no papel, se utiliza muito bem dos efeitos de luz e sombra ao constituir variados sons na escala de cinza. Porfim, embora perceptível a textura do papel na terceira imagem, a luz vindo do centro da dobradura trouxe um efeito interessante remetendo ao interior de um vulcão em erupção. A imagem poderia ter sido melhor posicionada de modo a aproveitar o fundo mais escuro de maneira semelhante á primeira. De modo geral, as três imagens são bastante agradáveis aos olhos e constituem um ótimo trabalho.
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